Uma cidadã de nacionalidade Cabo-verdiana, identificada por Durci de Pina, de 42 anos, moradora do distrito urbano de 11 de Novembro, município do Cazenga, está ser acusada de tentar matar sua amiga Josefa Chimuku, de 30 anos de idade, com a conivência da sua empregada, no passado dia 27 de Outubro, no município do Cazenga, com o intuito de se apropriar dos lucros do seu negócio.
Tudo começou há 10 anos, quando Josefa conheceu Durci na vila de Cacuaco e durante este período, criaram uma amizade tão grande ao ponto de serem consideradas irmãs.
De acordo com a lesada, que falou em exclusivo ao NA MIRA DO CRIME, na primeira quinzena do mês de Agosto deste ano, convidou a sua amiga que, por sinal, também vive no mesmo bairro, a visitá-la no mercado do Kicolo, onde tem exercido suas actividades comerciais, há cinco anos.
Segundo Josefa, depois da visita, Durci gostou do negócio que ela fazia, logo solicitou-a a juntarem-se.
"Quando ela me solicitou para vendermos juntas, em função do tempo de amizade e irmandade que tivemos não desconfiei de nada e aceitei, sem ter noção dos planos dela", explicou, acrescentando que quando viu os lucros que o negócio oferecia, Durci decidiu eliminar a amiga que a ajudou a ficar sozinha no mercado.
Conta ainda que na tarde de sexta-feira, 27 do mês passado, por volta das 14 horas, depois das vendas, ambas dirigiram se até à casa da implicada, onde fizeram a divisão dos valores no total de Akz 198.600.000 (cento e noventa e oito mil e seiscentos kwanzas).
Conta Josefa, que depois da divisão que aconteceu no quintal, a amiga convidou-a a entrarem em casa para um pequeno acerto.
Mas já no interior da residência, Durci trancou as portas e pediu sua empregada que trancasse o acesso do quintal.
"Quanto vi a trancarem as portas, perguntei o que se passava ela começou a me ofender e, de repente, pegou num objecto contundente e começou a agredir-me na cabeça", sublinhou a lesada.
Apesar de gritar, pedindo socorro e implorando que não a fizessem mal, só 30 minutos depois é que conseguiu escapar por uma janela.
A intenção da amiga, segundo seus pronunciamentos, era matar Josefa.
Já desprovida dos seus pertences e descalça, dirigiu-se até à esquadra policial localizada no Distrito Urbano 11 de Novembro, onde apresentou queixa.
No entanto, diz, o polícia em trabalho, identificado como Reis, minimizou às queixas da vítima, e pediu que as mesmas se entendessem longe da esquadra.
Porém, diz a senhora, a situação tende a piorar uma vez que a cidadã cabo-verdiana continua a infernizar a sua vida, proferindo ameaças de morte. A equipa de reportagem deste jornal tentou contactar a acusada por via telefónica, mas num tom arrogante e sem querer prestar qualquer informação, Durci desligou o telemóvel.
C/ NA MIRA DO CRIME